Dois mestres do saxofone nascidos no mesmo dia : Konitz e Pharoah Sanders.
Com ambos tenho uma relação especial. Uma relação de afecto (todas as relações especiais são de afecto, óbviamente...) Conheci primeiro Pharoah. É fácil conhece-lo primeiro: um som directo, aberto, largo vibrato, gritante, da Terra. Fiquei apanhado pelos primeiro sons que ouvi vindos do sax de Sanders na cave do meu amigo Miguel Ribeiro, ele que uns anos mais novo do que eu (eu 18, ele 15?) me introduziu nos mundos de Ra, Stockhausen, Artaud e Breton.
Peregrinei a Marselha para o ouvir.
Não ouvi.
Um desvio inesperado até Paris implicou um atraso irremediável para o concerto de Pharoah.
Durante anos tive esse momento como dos mais "raté" da minha vida de amante de Jazz. Até que me vinguei. Á pala de um cartão de jornalista (que nunca usei a não ser com Pharoah) fiz-lhe uma “entrevista” que aqui postarei um dia destes
. Tauhid, Thembi, Live at the East, Live at Seatlle e Live at the Vanguard Village again (estes últimos com Trane) e Izipho Zam são imperdíveis para quem queira conhecer minimamente a música de Sanders .
Lee Konitz, conheci mais tarde. E naturalmente mais tarde. A sofisticação melódica de Konitz não apela de imediato a um novato (não soa nada bem "imediato com novato"... prefiro "de repente a um principiente..."). Veio com o Lp Oleo e especialmente com Alto Summit , o 1º disco onde ouvi Konitz.
Uma discografia de mínim de Konitz (pessoal e transmissível)
Konitz & Warne Marsh no Montmartre Jazzhaus
Alto Summit
Oleo
Windows
Motion
Duets (no tenor com Elvin) Desta gravação disse-me Konitz rindo-se muito: "I had the NERVE to play tenor with Elvin..eheheheh!!
Portology
New quartet
Feliz aniversário a ambos. !!
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