Law of Balance

Steve Coleman está (para mim) constantemente envolvido em mistério. Mistério sobre como toca , como pensa, onde e com quem estudou. Na sua bio Steve Coleman afirma ter sido influenciado por - além de Charlie Parker, obviamente -Von Freeman (que
conheço mal), Sam Rivers e pelo baterista Doug Hammond (que desconheço de todo).
Aterrei, já não sei bem como, neste video e neste tema que mais uma vez, reforçou a sensação de mistério á volta da música de Coleman
"O QUE É ISTO??!!" foi a primeira reacção.
Alguma alguma paciência depois, cheguei ás conclusões que aqui partilho (as quais estão completamente em aberto para serem discutidas/melhoradas)
Este tema baseia-se num ciclo de 15 tempos sobre um outro de 12.
Ou seja uma frase de 15 tempos (na choca tocada por Coleman) sobre uma frase de 3 compassos em 4/4 e que aparece mais á frente, na tarola.
O ciclo retorna a encontrar-se ao fim de 60 tempos (4x15=5x12).
O fascínio pela matemática Pitagórica está concerteza, aqui presente .

Nas palavras de Steve Coleman:

"We live in a world of immense beauty. There are a multitude of forms with countless variations on simple themes. I want to speak here about balance and make some comments about how balance can be achieved musically. There are countless ways that architectural balance can be musically achieved from the micro to macro level. Since attention to detail has always been an important factor for me, and these things are not usually discussed, I would like to initiate some dialog on this subject. The most obvious kinds of balance that come to mind are the various forms of symmetry (i.e. bilateral, etc.) that can be applied musically, using intuitive and logical methods. Symmetry is a fact of nature and one of the oldest fascinations of humanity. Some of the more obvious ways in which symmetrical musical balance could be realized are through melody, rhythm, tonality, form, harmony and instrumentation. As well as the structural considerations of symmetrical musical forms I will also discuss these structures from a dynamic point of view, i.e. as they progress through time." o texto continua aqui

Mais sobre Steve Coleman aqui





Comentários

Tiago Cordeiro disse…
Processos matemáticos ou não (parece-me muito que sim) esta música atrai bastante...talvez por essas relações estruturadas e fundamentadas em multiplos e divisores.
Salsa disse…
Meu amigo Marcelo Coelho, saxofonista brasileiro, também gosta de compor utilizando aspectos polirritmicos. Curiosamente, apesar da complexidade matemática, o som soa bastante simples e com um balanço envolvente. Valeu o post (e a partitura)