Deus está nos pormenores... e nas câmaras anecóicas !

Não sei se isto acontece com outros saxofonistas ou só comigo:
Ás vezes, e na procura de um ataque mais preciso e imediato de uma nota grave do saxofone, um "truque" consiste em fechar as chaves que produzem essa nota, uma fracção de segundo antes da emissão da própria nota.
Por acaso e pela 1ª vez, se bem que não no saxofone, vi o fenómeno explicado :

"Spectral analyses indicate that the key action noise pre-excites the flute tube before the wind pressure produces the musical tone. The pre-excitation makes it easier to produce the correct pitch, as the expected partials are already present in the tube at a very low level".

Outro pormenor interessante. ("interessante pra quem??!!" perguntarão os meus amigos...)
Através do mesmo artigo fico a saber que o lapso de tempo entre o fecho das chaves da flauta e o pico do volume da nota produzida é de 94.5 milissegundos. Uma eternidade !....
Se extrapolarmos a situação para um clarinete, para um sax barítono ou para um sousafone outros tempos de desfazamento serão, com certeza, encontrados. O que leva a pensar: Qual é a latência característica de cada instrumento? E de cada músico?
Qual seria a latência do Dexter Gordon, por exemplo?
A experiência relatada no artigo foi conduzida numa câmara anecóica, local especialmente propício a experiências científicas (e sensoriais) reveladoras.
As mais próximas de Lisboa (refiro-me ás câmara anecóicas e não ás experiências) são, creio eu, as do laboratórios do ICP-ANACOM em Barcarena e a do Departamento de Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro.
Ando morto por marcar uma visita...





Comentários

psitrek disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Companheiro, o departamento de física do Instituto Superior Técnico ed Lisboa tem uma salinha dessas de fazer o nosso coração parecer um intercidades...

Penso que bem falada a coisa dá para dar lá um saltinho...quando for avise...também nunca entrei numa.