Orquestra de Jazz de Matosinhos no Maxime com Mark Turner no saxofone. Os músicos presentes contavam-se pelos dedos de uma mão (de um serralheiro mecânico...).
Na mesma noite e quase simultâneamente, tocaram em Lisboa Charles Lloyd (na Culturgest), OJM+Mark Turner (Maxime), Benny Lackner (HotClub) e David Binney (S.Jorge). Fui a dois destes concertos. Tirando os que estavam em palco, quase não vi músicos.
Espantoso o facto de músicos de Jazz portugueses nunca irem ouvir outros músicos de Jazz portugueses. Haverá uma teoria que explique o facto?

Comentários

psitrek disse…
A resposta à esta pergunta resume-se á falta de procurar acender uma vela em vez de amaldiçoar a escuridão....

psitrek
Rui Azul disse…
Terá que ver com o "ratio" entre os cachets (inalterados desde hà 15 anos) que esses músicos auferem e o preço dos ingressos para esses concertos em que é notória a ausência de músicos entre a assistência?
Poderia lembrar que os instrumentos musicais e relativos acessórios são taxados como artigos de luxo, que os músicos não possuem enquadramento legislativo profissional (como aliás todos os que trabalham em artes de palco) respeitante a assistência social, reforma, etc..., que quase desde sempre foram mal-amados e menosprezados pelos seus conterrâneos, à revelia do que acontece nos restantes países, (a situação parece estar a mudar, mas todos se lembram que bastava ser estrangeiro para automaticamente ter melhor cotação que qualquer artista nacional - é a endémica carência de auto-estima que grassa entre os portugueses...).
E quando tenho que optar entre a caixa de palhetas e ir assistir a 2 concertos, ... não fico com muitas hipóteses para encarar o facto como um dilema, porque os recursos não me deixam campo de manobra: The Box of Reeds Wins...!